quinta-feira, 25 de agosto de 2011

vida

Foi criado em Campo Grande, que na sua infância era uma típica cidade do interior brasileiro com menos de cem mil habitantes. Sua primeira experiência musical aconteceu por volta dos seis anos de idade, no colégio. Quebrando o protocolo, apossou-se de um microfone, interpretando “Risque” e “Índia”. Mas seu convívio com a música aconteceu observando as aulas de violão de suas irmãs. Seu acesso à musica foi através do rádio e do toca-discos. Aos treze “descobriu” os Beatles e Roberto Carlos. A partir daí, foram muitas e variadas as informações musicais recebidas.
Em 1967, formou um grupo com o Geraldo Espíndola e o Maurício Barros Almeida (que mais tarde foi parceiro de Almir Sater na dupla “Lupe e Lampião”), “Os Bizarros”, que funcionava mais como um laboratório de idéias. Reunia gente preocupada em discutir música e buscar uma linguagem própria.
Com apenas dezesseis anos, viajou para os Estados Unidos, onde ficou por dois anos.
Paulo passou seus anos de formação universitária sob o domínio da ditadura. Naquele momento, ele não sabia o que fazer, e é isso que sua música “Trem do Pantanal” expressa bem. A perplexidade de uma geração diante de tantos e de nenhum caminho, está refletida em seus versos. A música foi feita em 1975, em parceria com o Geraldo Roca.
A música de Mato Grosso do Sul começou a brotar na sua vida desde garoto, ouvindo a música paraguaia, a música fronteiriça, que fazia parte do cotidiano de Campo Grande e também a música popular brasileira, urbana, tradicional, folclórica, transmitida pelo rádio e pelos discos de seus pais. Costumava ouvir Noel Rosa, Pixinguinha, Emilinha e Marlene nos discos de 78 rpm.

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